Ontem escrevi um texto enorme, lindo e que demonstrava realmente tudo o que eu estou sentindo nesse último mês. Quando terminei o texto eu li, reli e li de novo e quando menos percebi eu havia selecionado o texto todo e deletado, assim sem motivo algum. Talvez eu esteja querendo preservar mais minha identidade já que aquele texto estava contendo assuntos censurados, não me sinto confortável em escrever e publicar coisas tão pessoais, mas senti vontade e não consegui aquietar meus pensamentos sem antes escrever algo tão próximo a essa intimidade para que eu pudesse publicar, compartilhar e finalmente desabar em mim mesma e ficar bem.
Vamos lá conversar. Bem, eu estou ouvindo Coldplay - Fix you e confesso que essa música além de verdadeira transpareceu em mim um sentimento de carência que eu jamais podia imaginar que existisse, algo muito parecido com o medo de estar sozinha, alinhado a ideia de que essa é a minha condição atual. Não digo sozinha no sentido de abandonada, escrachada é que eu somente estou seguindo por minhas próprias pernas e traçando um caminho com minhas escolhas tão minhas que as vezes sinto elas inconsequentes, nunca pensei muito para agir e agora eu estou agindo para não pensar. Não paro um segundo se quer de pensar nem quando eu durmo consigo descansar, estou tentando me concertar para melhorar e me conhecer, os erros que eu cometi desencadearam uma série de outras características formadoras de personalidade e agora tenho que descobrir quem eu sou, ou se isso era o que eu era e nunca fui capaz de perceber.
Uma terapia para mim é escrever sem medir muito as palavras. Conforme elas vão saindo consigo ver a forma que estou dando ao texto, se devo parar ou seguir e como devo me inspirar para escrever.
Tentei concertar situações que não estavam quebradas, mas elas não existiam e eu estava insistindo em algo que eu nunca deveria ter começado. Começar um acerto de modo errado, somente eu consigo essa capacidade de criar uma situação perfeita baseada num erro pessoal, egoísta que eu sou e calculista que me tornei a partir dessa atitude. Confesso que perdi um pouco do meu sentimento quando comecei com isso e recupera-lo a essa altura do campeonato onde tudo que aconteceu sinto uma invalidez em tentar mudar isso, deixo de lado, é um pouco de acomodação, mas se não atrapalha não tem porque mexer.
Estou ansiosa porque nesse mês de setembro estréia a sétima temporada da série Dexter e meu mundo para quando essa série começa. Por doze semanas eu entro numa espécie de transe pessoal e é nesse momento que eu me identifico mais comigo mesma e consigo pensar sem estar estressada, Dexter é um calmante natural para mim e me sinto confortável quando assisto, pois assim como ele eu não quero ser notada, mas quero fazer a diferença para mim mesma.
Um dia ou outro vou chorar, me desesperar e até mesmo pensar em abandonar tudo o que construí. Só que ai eu paro, respiro e sigo em frente porque um pouco de raciocínio as vezes não faz mal a ninguém, eu já fui emotiva demais e agora não quero perder tempo com o coração. Deixo o sentimento me guiar a medida que a razão permitir, porque a gente morre de amor sim e eu quero continuar viva, bem viva e nem que para isso não exista amor, só que ele vai estar e eu vou se novo me entregar..
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