Eu creio que me recorde do primeiro minuto do ano de dois mil de doze, a mil e tantos minutos atrás. Sempre soa com um ar de esperança, renovação e perspectiva. Todos os meus desejos do primeiro minuto foram de dispersando conforme os dias foram passando e no final das contas eu me vi sendo surpreendida pelas minhas próprias realizações pessoais.
É estudo, é curso, trabalho e amizades se consolidando dia-após-dia. Não que seja importante ou necessário lembrar, mas decepções fizeram parte de mim esse ano e não estavam no primeiro minuto, ainda bem..elas estavam nos minutos seguintes a ele quando não havia mais nenhuma perspectiva de nada, talvez seja assim que as coisas ruins funcionem, afinal você nunca as deseja e mesmo assim se tornam parte das suas realizações. Sei também que meus textos foram poucos, mas intensos e bem descritivos do que eu sentia e eu devo ter sido assim o ano todo "intensa e descritiva", meio metódica, mas sempre mantendo a linha de raciocínio e pondo a frente sempre os objetos reais e depois os sonhados.
Senti falta de escrever um conto, um conto que contasse as coisas que me contaram esse ano. É quase seguindo a linha do "quem conta um conto, aumenta um ponto" e eu queria aumentar pontos e criar contos até as pessoas contarem o que eu escrevi e sucessivamente se criaria um ciclo de pessoas que contam a vida dos outros, porque basicamente esse ano se resumiu ao "mexirico". Falar da vida das pessoas é um dom, graças a Deus me abstenho dessa graça cedida a nós humanos.
Com os sentimentos dentro de uma montanha russa, dentre os altos e baixos me deparei caindo num lupping por estar sem nada que me segurasse e foi ai que me dei conta que é fácil estar nas subidas e decidas da vida, mas quando ela resolve te virar a cabeça é necessário estar preparado e sem a proteção necessária dei-me de cara com o chão, com a desilusão e quebrei fortemente todos os pedaços já quebrados. De um grande amor a um grande nada, assim encerro esse parágrafo de um amor que não é para ser contado nesse texto.
Ai, se eu pudesse voltar aos desejos do primeiro minuto talvez eu não tivesse desejado nada de diferente. Não escolheria nenhuma outra rota, nenhuma outra decepção e deixaria esse ano inteirinho como foi, até o último minuto. Arrependimentos existiram por conta de coisas que eu não fiz, ou talvez que deveria ter feito antes e a minha maior covardia foi me dar o direito de sentir grandes prazeres, além da minha capacidade de recepção, ultrapassei os limites de mim mesma e me permiti sentir, quão mal poderia ter me causado se eu negasse a mim esses desejos e tremendas as consequências que eu sofri ao realiza-los.
Treze é o meu número sortudo, e dessa vez antes de ser o primeiro minuto eu procurarei ser rápida e desejarei nos primeiros treze segundos. E dai pode até surgir em mim mesma a indagação: "Mas porque ser tão rápida consigo mesma?".. É porque eu não quero perder nem um minuto a mais pensando sendo que eu poderia estar fazendo.
Que venha 2013, venha forte!
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